segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Roberto Burle Marx - O Grande Paisagista

A história do paisagismo brasileiro, a partir de 1930, está ligada à obra mundialmente famosa de Roberto Burle Marx. É um dos brasileiros mais consagrados no exterior em todos os tempos. Nascido em São Paulo em 1909, Roberto Burle Marx muda-se ainda menino para o Rio de Janeiro. Aos 19 anos, viaja para a Alemanha para se aperfeiçoar como desenhista.

E é lá que, casualmente, descobre a beleza das plantas tropicais, numa visita ao Jardim Botânico de Dahlen. De volta ao Brasil, Burle Marx começa a cultivar, colecionar e classificar plantas num jardim na encosta do morro, atrás de sua casa.

Seu primeiro trabalho como paisagista é feito a pedido do arquiteto e amigo Lúcio Costa, no início dos anos 30. Burle Marx projeta um jardim revolucionário, usando plantas tropicais e a estética da pintura abstrata.

O começo é difícil. Os jardins brasileiros obedecem ao modelo europeu: predominam azaléias, camélias, magnólias e nogueiras. A elite conservadora da época estranha o estilo abstrato e tropical de Burle Marx. Mas a renovação nas artes e na arquitetura é uma tendência mundial e irresistível nos anos 30. Burle Marx torna-se adepto da escola alemã Bauhaus, com seu estilo humanista e integrador de todas as artes.

No Brasil, um grupo de jovens arquitetos, profundamente influenciados pela corrente francesa liderada por Le Corbusier, revoluciona a arquitetura. Entre eles, Oscar Niemayer e Lúcio Costa.

A moderna arquitetura brasileira usa novos materiais. Aço, vidro e concreto pedem um paisagismo renovador. A associação entre Burle Marx, Niemayer e Lúcio Costa não pára mais.

Apaixonado pela flora brasileira, realiza incontáveis viagens por todo o país à procura de plantas raras e exóticas. Pouco a pouco, torna-se botânico autodidata, especialista em plantas tropicais. A relação de Burle Marx com a natureza é quase religiosa. Sua reverência ao verde torna-o pioneiro na luta pela preservação do meio ambiente.

Apaixonado pela flora brasileira, realiza incontáveis viagens por todo o país à procura de plantas raras e exóticas. Pouco a pouco, torna-se botânico autodidata, especialista em plantas tropicais. A relação de Burle Marx com a natureza é quase religiosa. Sua reverência ao verde torna-o pioneiro na luta pela preservação do meio ambiente.

Roberto Burle Marx é um artista polivalente. Pintor, designer, arquiteto, paisagista, artista plástico, tapeceiro. Nas horas vagas canta música lírica para os amigos. Sua obra como artista plástico é amplamente reconhecida e premiada em mostras e salões internacionais. Pouco a pouco, o nome de Burle Marx paisagista ultrapassa as fronteiras do Brasil. Sua assinatura brilha em milhares de projetos espalhados pelos cinco continentes.

Sua grande paixão, contudo, sempre foi o Brasil, sobretudo o Rio de Janeiro. Nos mais belos cartões postais da cidade estão os jardins de Burle Marx. O Largo da Carioca... a orla do Leme... o calçadão de Copacabana... os jardins suspensos do Outeiro da Glória...e a menina dos olhos do artista: o Aterro do Flamengo.

Do trabalho conjunto com Oscar Niemayer e Lúcio Costa nascem o Parque da Pampulha, Minas Gerais, e os famosos jardins de Brasília. Entre suas obras mais expressivas estão os jardins do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

Em 61 anos de carreira, Burle Marx assina mais de dois mil projetos e recebe inúmeras honrarias. Mas a homenagem que mais o sensibiliza é ver seu nome designando uma espécie de plantas tropicais: "Burle Marxii".

Em 1972, Burle Marx muda-se para o sítio Santo Antônio da Bica, nos arredores do Rio de Janeiro. Dedica-se à pintura, coleciona obras de arte e cultiva, ao longo de mais de vinte anos, três mil e quinhentas espécies de plantas do mundo inteiro, criando um verdadeiro Éden Tropical.

Em 1985, doa a propriedade ao governo federal. Seu grande sonho é criar ali uma escola para jardineiros e botânicos, e abrir o sítio à visitação pública. Mas é somente após a sua morte, ocorrida em 1994, aos 82 anos de idade, que os seus últimos projetos florescem. Graças ao empenho de sua equipe, o sítio, agora batizado com o seu nome, recebe visitantes do Brasil e do mundo.

E ecologistas, paisagistas e jardineiros podem freqüentar cursos regulares, ministrados em meio às plantas que o próprio Roberto Burle Marx cultivou.

Fonte: tvcultura.com

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

MANUTENÇÃO DE JARDINS

Mais difícil que conseguir um belo jardim, é mantê-lo. Por esse motivo, devemos planejar bem qual é o nível de manutenção que desejamos para o nosso jardim.

São vários os cuidados de manutenção, dos quais os dois principais são as regas e podas, já que são os cuidados mais freqüentes.

Alguns dos cuidados principais serão detalhados a seguir:

REGAS

As regas devem ser freqüentes em seu jardim, devendo-se respeitar a quantidade de água necessária para cada planta. Para que você não tenha que ficar regando de planta a planta, recomendamos que escolha plantas com necessidades de água semelhantes, podendo-se regar sempre todas ao mesmo tempo, o que facilita muito o processo. Por exemplo, seria uma mistura muito ruim um cacto com um bambu, um deles tende a sofrer com excesso ou falta de água.

PODAS

As podas variam de acordo com a planta. Se você não tiver alguém que esteja podando constantemente, como ocorre na maioria dos casos, evite o plantio de plantas de crescimento muito rápido, exigindo muita manutenção com podas. Por exemplo, caso não queira ter muito trabalho para manter o jardim, evite o plantio de pingo d’ouros. O nível de manutenção por podas pode ser consultado na nossa seção “consulta de plantas ornamentais”.

CONTROLE DE ERVAS DANINHAS

Queira ou não, plantas indesejáveis crescerão espontaneamente no seu jardim, roubando os nutrientes e tampando a luz solar das suas plantas, além de tornar o seu jardim um verdadeiro matagal quando não controladas.

Não há meio melhor de matarmos as plantas daninhas, arrancar manualmente ainda é a melhor opção para jardins. Nem pense em jogar herbicidas, ou outros produtos, já que não devem ser aplicados próximos a residências.

Um cuidado que devemos tomar é evitar ao máximo que as plantas produzam sementes, arranque ou corte as mesmas antes que isso ocorra. Muitas plantas daninhas se reproduzem se forem picadas e deixadas no solo, seque bem as plantas antes de devolve-las na terra. Procure arrancar as plantas, e não cortá-las com um enxadão.

Procure regar o jardim logo após arrancar as plantas daninhas.

INSETOS E PRAGAS

Calma, se você observar bem o seu jardim é comum existirem muitos insetos nele. Mas a presença de insetos não significa que eles devam ser mortos, a maioria deles são até mesmo benéficos às plantas. A presença de grande variedade de espécies de insetos é indício de que seu jardim está muito bem equilibrado. A infestação de poucas espécies de insetos pode significar um desequilíbrio do ambiente. A ocorrência de insetos que estão prejudicando suas plantas (pragas), indica um desequilíbrio do jardim.

Os insetos devem ser controlados apenas quando estão prejudicando a planta, ou quando representam risco às pessoas ou animais (como aranhas e escorpiões).

Quanto mais fortes e saudáveis estão as plantas, menos suscetíveis a pragas e doenças elas estão. Sendo assim, adube corretamente, regue corretamente, e mantenha a planta no local mais adequado.

Cada espécie é mais suscetível a ataques de insetos que outras. Caso a planta continue sendo atacada mesmo com os melhores cuidados, comece a pensar em substitui-la por outra espécie. Caso queira mesmo assim manter aquela planta, deixe um pouco de fumo de molho em água por algumas horas, coe a solução e aplique sobre as plantas infestadas com um borrifador ou pulverizador, isso costuma ser eficiente nos casos de pulgões.

Descarte a hipótese do uso de inseticidas, pois seu uso próximo a residências é altamente desaconselhável, podendo causar sérios danos ao seu jardim, à sua família e aos seus animais.


DOENÇAS

Caso ocorram doenças nas suas plantas, verifique se a planta está sendo cuidada da melhor forma para seu bom desenvolvimento. A maioria das doenças de plantas é causada por fungos, que são favorecidos por altas umidades e calor. Por esse motivo, evite regas excessivas ou falta de sol nesses casos.

Descarte a hipótese do uso de fungicidas, ou qualquer outra arma química, já que não são recomendáveis para uso próximo a residências.

Caso as doenças persistam, há fortes indícios de que a planta não é capaz de se adaptar ao seu jardim, isso pode ocorrer por diversos motivos. Por isso, pense seriamente em substituir a espécie por alguma outra que se adapte melhor ao local.

 
 
Fonte: cultivando.com.br